Como usar o marketing de guerrilha nas eleições?

No planejamento do marketing político e da comunicação eleitoral, é importante que sejam exploradas todas as estratégias lícitas e que façam sentido do ponto de vista estratégico. Bons exemplos nesse cenário são o marketing digital e o marketing de guerrilha.

O primeiro já está popularizado, graças ao crescimento do mercado de marketing on-line como um todo. Já o marketing de guerrilha, apesar de existir já há bastante tempo, ainda provoca algumas dúvidas em relação a sua aplicação.

Como, afinal, usar o marketing de guerrilha nas eleições e quais as suas vantagens? Essa é uma estratégia lícita? Como aplicá-la na comunicação eleitoral? Respondemos a essas e outras questões a seguir. Confira!

Entenda o marketing de guerrilha nas eleições

O marketing de guerrilha não é exatamente novo: trata-se de uma vertente mais agressiva do conceito de marketing. Ele surgiu na década de 1970 e sua definição foi criada pelo publicitário Jay Conrad Levinson.

Esse nome foi escolhido porque o formato foi inspirado na Guerra do Vietnam, que acontecia à época. Os vietnamitas, mesmo com poder de fogo reduzido em relação aos inimigos, conseguiram se sobrepor a eles utilizando estratégias inteligentes.

O conceito de marketing de guerrilha, então, é marcado pelo uso da inteligência e da eficiência na comunicação. Aplicado na estratégia de comunicação eleitoral, ele permite explorar ao máximo os recursos de marketing disponíveis para chegar ao eleitor de forma contundente, rápida e direta — por isso, é muito mais eficiente.

Veja algumas vantagens desse tipo de marketing

O marketing de guerrilha nas eleições é uma tática de grande peso estratégico, já que sua maior promessa é obter resultados mais expressivos utilizando menos recursos. Ou seja, a ideia é “fazer mais com menos” — exatamente como fizeram os vietnamitas.

Apresentamos, a seguir, algumas das principais vantagens da aplicação do marketing de guerrilha nas eleições e como ele pode ser interessante para a comunicação eleitoral. Confira para entender melhor essa metodologia!

Tenha custos mais baixos e maior alcance na comunicação

Um dos pontos mais fortes quando se trata do marketing de guerrilha são os custos mais baixos. E isso fica ainda mais vantajoso quando são se analisam os resultados que podem ser obtidos com essa estratégia.

Além de custar menos para ser implementado, o marketing de guerrilha nas eleições permite atingir um grande volume de pessoas em um espaço de tempo mais curto. Isso faz dele uma ótima opção para campanhas de orçamento restrito.

Implemente rapidamente a comunicação eleitoral e se destaque

Outra vantagem da aplicação do marketing de guerrilha em estratégias eleitorais é a rápida implementação desse tipo de comunicação. Além disso, há grandes chances de adquirir notoriedade no segmento sem gastar muito em publicidade. Também conhecido como buzz, esse resultado é o que transforma o candidato em assunto.

Por ser uma estratégia de maior disseminação e, assim, impacto mais direto, esse tipo de marketing é também mais rápido para ser colocado em prática. E mais: ele busca obter resultados por meio da quantidade de atingidos pela comunicação e pela surpresa causada por ela.

Use a liberdade criativa no planejamento da estratégia

Vale citar, ainda, que as características de agilidade e de efeito presentes no marketing de guerrilha permitem que se tenha mais liberdade criativa durante o planejamento e o desenvolvimento da estratégia de comunicação.

Com isso, é possível fugir dos padrões de comunicação eleitoral. A grande vantagem, nesse caso, é poder usar soluções criativas, inteligentes e que tenham peso direto na decisão do eleitor ou mesmo influenciem sua opinião sobre determinado assunto, problema ou candidato.

Atinja o eleitorado de forma estratégica e inesperada

Outra característica desse tipo de marketing — e que é extremamente vantajosa na comunicação eleitoral — é seu impacto inesperado. Muitas vezes, ele usa a quebra de expectativa e a novidade na aplicação do marketing para captar a atenção do eleitor.

Vale ressaltar, no entanto, que a boa aplicação do marketing de guerrilha nas eleições exige cuidado, comprometimento e criatividade. Sem isso, a possibilidade de saturação da comunicação ao usar estratégias repetidas é bastante grande.

Conheça cases de marketing de guerrilha na política

Para entender melhor como o marketing de guerrilha nas eleições pode afetar de forma definitiva o pleito eleitoral, veja, a seguir, dois cases de uso dessa estratégia. Ambos apresentaram resultados consistentes e são ótimos exemplos para se inspirar. Acompanhe!

Eleição de Lula em 2002

Uma das estratégias de marketing de guerrilha nas eleições mais eficiente e bem-sucedida no Brasil foi a comunicação desenvolvida durante a campanha do ex-presidente Lula em 2002. Ela foi marcada pelo inesperado, por ações de grande impacto e pela geração de buzz ao atingir o eleitorado.

A estratégia foi apostar em uma dualidade de comunicação: do discurso duro do “Lula Negociador” à docilidade do “Lula Paz e Amor”. Com isso, o discurso eletivo pegou o público de surpresa e apresentou as propostas do candidato de forma eficiente.

Campanha de Barack Obama

Outra campanha marcada pela estratégia de marketing de guerrilha e pelo uso inteligente e criativo do marketing e da comunicação eleitoral, foi a que elegeu Barack Obama, nos Estados Unidos.

Popular, direcionada às necessidades do eleitor e com forte apelo emocional, a ação usou frases de efeito e comunicação direta para atingir as emoções do eleitor americano. Assim, foi possível criar no público identificação com as propostas apresentadas por Obama durante sua trajetória política.

Esses exemplos ajudam a entender como o uso de estratégias de marketing de guerrilha nas eleições pode ser decisivo e influenciar diretamente o resultado final. Afinal, trata-se de uma metodologia mais agressiva e de resultados mais rápidos e diretos.

Além de atingir o público de forma dinâmica e quase imediata, esse tipo de marketing também tem força por utilizar técnicas e gatilhos mentais diferentes de outras estratégias de comunicação eleitoral. Dessa forma, os resultados obtidos são distintos.

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