Uma estratégia de relacionamento bem traçada é fundamental para uma pessoa que exerce um cargo político. Afinal, relacionar-se bem com a comunidade pode fazer toda a diferença em seu trabalho e ser decisiva para a sua carreira profissional.
Isso porque, em tempos de eleições, o candidato deve estar próximo dos seus eleitores, ouvindo as suas queixas, seus anseios e disposto a transmitir as suas ideias para melhorar o futuro da cidade. Apenas com um relacionamento claro e bem planejado é que essa comunicação consegue fluir de forma eficiente.
Se você pretende lançar a sua candidatura nas próximas eleições, tenha em mente que os eleitores mudaram bastante nos últimos anos, assim como a forma de falar com eles. Cada vez menos passivas e mais conectadas, as pessoas querem as suas perguntas respondidas de uma forma mais pessoal, a seu tempo e em diversos meios de comunicação.
Quer saber, então, como criar uma estratégia de relacionamento eficiente? Basta continuar a leitura do nosso artigo!
1. Definição de planejamento
O número de candidatos que concorrem ao mesmo cargo que o seu muito provavelmente é grande. Inversamente proporcional a isso é o tempo de campanha que você tem e a verba — afinal, ambos foram bastante reduzidos nos últimos anos e são acompanhados de perto pelos órgãos responsáveis.
Por todos esses motivos, não há como lançar a sua campanha e sair em busca de eleitores sem um planejamento muito bem definido. Cada dia, cada visita e cada passo são importantes e não podem ser desperdiçados.
Antes de começar o seu trabalho eleitoral, defina os seus objetivos, com quem deseja falar e o que será dito para cada público. Essa orientação, inclusive, nos leva ao próximo tópico.
2. Segmentação de público
É muito improvável que uma comunicação de massa traga bons retornos para a sua campanha.
Atualmente, as pessoas estão mais questionadoras e exigentes em relação ao tipo de informação que consomem. Tal fato é naturalmente normal, devido à imensa quantidade de conteúdo que estão disponíveis nos meios de comunicação mais tradicionais (como a TV, o rádio, os jornais e as revistas) e o vasto universo digital.
Por isso, é fundamental que a sua estratégia segmente o seu público — seja por idade, local ou interesses, entre outros. Os jovens, por exemplo, têm um canal de abertura maior e são mais impactados por meio das redes sociais, enquanto os eleitores mais velhos ainda têm interesse em ver e ouvir o horário eleitoral gratuito na TV e no rádio.
A segmentação também é bastante eficiente quando feita por locais e interesses. Se você é candidato a vereador, por exemplo, pode apresentar os seus projetos voltados para a educação e esporte em uma reunião realizada em uma escola, para os profissionais da área e para os pais das crianças da comunidade. Já ideias para alavancar o comércio e a indústria da cidade são de grande interesse de empresários e trabalhadores.
3. Agenda de eventos
Muito da construção da sua imagem se dá durante o corpo a corpo com os eleitores. É durante as reuniões e encontros para bate-papos mais informais que a comunidade pode conhecer você além dos seus projetos. Afinal, antes de ser um bom político, o candidato deve transmitir uma imagem de confiança, seriedade e transparência.
Capriche, então, na sua agenda de eventos — tanto aqueles que você organiza quanto para os quais você é convidado. Como já dissemos, é fundamental que o candidato vá até os eleitores certos, em cada comunidade.
Da mesma forma, marcar presença em um evento “errado”, que possa prejudicar a sua imagem ou que não condiz com o seu plano de campanha, tem grandes chances de colocar tudo a perder.
4. Comunicação assertiva
Uma boa estratégia de relacionamento em seu marketing político pode ser definida em dois posicionamentos: a interação com o eleitor e o engajamento.
Nos dois momentos, a comunicação precisa ser feita de forma assertiva: vale a pena reunir uma equipe que tenha experiência (ou, no mínimo, facilidade) para conversar e transitar entre os mais diferentes públicos.
Isso porque, por mais que um candidato tenha um colégio eleitoral maior em um local do que outro, sempre há mais eleitores para conquistar. Para isso, a sua linguagem e a forma de se comunicar deve ser abrangente e inclusiva.
5. Estratégia omnichannel
Há alguns anos, uma campanha eleitoral poderia ser resumida em horários eleitorais gratuitos, distribuição de santinhos e comícios.
Atualmente, muitas dessas estratégias são proibidas em todo o país ou em algumas cidades, além de limitadas. Por outro lado, novos meios de comunicação surgiram e podem ser explorados para uma estratégia de relacionamento eficiente.
O termo omnichannel significa, em tradução literal, “todos os canais”, e vem sido utilizado com grande sucesso nas ações de comunicação de grandes marcas.
Procure em sua cidade quais são as mídias que podem ser exploradas em sua campanha: mídia impressa, mídia de rua, Internet, telefone, etc.
Lembre-se apenas de conferir se os meios são permitidos pela Justiça Eleitoral antes de colocar a sua campanha na rua.
6. Presença digital
A Internet e as redes sociais são ferramentas tão importantes em sua estratégia omnichannel que merecem um tópico só para elas. Afinal, pessoas de diferentes idades, classes sociais e econômicas, formadores de opiniões ou consumidores de informação, todos estão nas redes sociais.
Elas são, inclusive, os canais mais diretos para que você se comunique com todo o seu colégio eleitoral. Em poucos cliques, é possível divulgar os seus projetos e a sua agenda, postar fotos das reuniões, fazer vídeos e transmissões ao vivo, responder as perguntas dos eleitores on-line e muito mais. E o melhor: gratuitamente!
Aproveite todas as funcionalidades das mais diversas redes sociais e converse diretamente com os seus eleitores, nunca deixando de respondê-los e evitando respostas polêmicas. Vale a pena lembrar que, na Internet, os assuntos se tornam controvertidos rapidamente e as pessoas não pensam duas vezes para começar a repudiar o seu trabalho — e a espalhar esse ódio!
Por isso, manter a sua boa imagem nas redes sociais é de extrema importância para que a sua estratégia de relacionamento gere um bom resultado nas urnas. E, mais do que isso, é fundamental ter em mente a atual situação política do país. As pessoas clamam por transparência, honestidade e mudanças.
Se você quer saber como engajar esses eleitores e ter uma ótima campanha em 2018, não pode deixar de ler o nosso próximo artigo!