Pensando nas eleições, listamos as principais coisas que um candidato deveria saber em ano de campanha:
1) Comprar banco de dados é extremamente negativo (e ilegal)
Uma prática comum durante as eleições é a compra de banco de dados, ou seja, a aquisição de emails e telefones para a equipe de comunicação. Além de ilegal (Lei nº 9.504/97, art. 57-E, § 1º), esse tipo de estratégia tem um impacto bem negativo na recepção do eleitor. E as razões são óbvias:
- O receptor se sente invadido pelo recebimento daquela mensagem, por não saber como o candidato conseguiu o contato dele e por nunca ter autorizado o envio;
- Muitas vezes, o candidato sequer é da mesma cidade ou região em que o receptor reside;
- As mensagens não são segmentadas para cada público.
Consequentemente, vemos uma enxurrada de reclamações nas redes sociais, muitas citando o nome do candidato em questão.
2) Quase ninguém lê aquela newsletter enorme que políticos enviam por email
O email marketing é uma das ferramentas mais poderosas à disposição de uma equipe de comunicação, mas quando feito de forma estratégica.
Costumamos ver, com certa frequência, campanhas de email adaptadas de panfletos impressos, com bastante conteúdo. Outro erro bastante comum é o envio de uma imagem única (com todo o conteúdo da mensagem), ao invés de um HTML.
Para que o email marketing seja mais positivo durante as eleições, você pode seguir essas dicas:
- Segmente seus disparos de acordo com seus diversos públicos;
- Envie suas mensagens em HTML (com o SGP, você pode criar sua mensagem livremente neste formato);
- Mescle o conteúdo com texto, imagens e links;
- Fique atento a métricas como entregabilidade (porcentagem de emails entregues), taxa de abertura e cliques.
3) SMS Marketing é positivo, se feito com critério
Como já abordamos no artigo “O maior problema ao enviar SMS para os eleitores e como consertá-lo”, a melhor estratégia é construir um banco de dados próprio (nunca comprado ou doado), constantemente atualizado e alimentado pelos cabos eleitorais. É um processo que leva tempo, mas que dá resultado.
Durante as eleições, você pode seguir essas dicas:
- Assim como no email marketing, pense nos disparos de forma segmentada;
- Envie mensagens de até 160 caracteres;
- Programe a mensagem para um horário específico, para evitar que o eleitor seja acordado durante a madrugada;
- Fique atento à entregabilidade (porcentagem de SMS entregues).
4) O foco das redes sociais deve ser o relacionamento, não “santinhos virtuais”
Em ano de eleições, é comum ver “santinhos virtuais” (imagem do candidato + número + bordão da campanha) nas redes sociais. Como resultado, vemos usuários incomodados e, consequentemente, cancelando assinaturas ou dando unfollows. Quem interage com este tipo de conteúdo são apenas militantes, profissionais da própria campanha ou usuários muito engajados.
Algumas ideias:
- Poste conteúdos que se aproximem dos eleitores;
- Gere debates e venda ideias;
- Busque blogs que abordem assuntos referentes a sua campanha e interaja com as postagens.